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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Grã-Bretanha e França enviarão helicópteros militares à Líbia, diz ministro

Os governos da Grã-Bretanha e da França devem enviar helicópteros militares para ajudar na ofensiva internacional na Líbia, informou nesta segunda-feira o ministro francês da Defesa, Gerard Longuet.

Segundo o ministro, o envio dos helicópteros ocorrerá o mais rápido possível. Mas Londres ainda não confirmou sua participação no projeto.

Tipo de helicóptero que pode ser usado no conflito líbio (PA)

Uso dos veículos representaria escalada no conflito líbio

Segundo o ministro, o envio dos helicópteros ocorrerá o mais rápido possível. Mas Londres ainda não confirmou sua participação no projeto.

O uso de helicópteros aumentaria a pressão sobre as tropas do líder líbio, Muamar Khadafi, já que esses veículos conseguem acertar com mais precisão alvos em terra.

Jatos da Otan (aliança militar ocidental) têm alvejado a infraestrutura militar do regime, mas não têm conseguido evitar que as tropas de Khadafi continuem a atacar rebeldes.

Durante conferência de ministros da Defesa europeus em Bruxelas, Longuet confirmou nesta segunda-feira os rumores de que a França planejava o envio dos helicópteros e agregou que a Grã-Bretanha, “que tem equipamentos similares aos nossos, também vai se comprometer (com o envio), o mais rápido possível”.

Mas ele não deu mais detalhes sobre a operação.

Um porta-voz do Ministério da Defesa britânico disse em comunicado apenas que “como em qualquer campanha militar, estamos constantemente revisando nossas opções junto com nossos aliados, para aumentar as capacidades disponíveis à Otan”.

Pouco antes, o jornal francês Le Figaro publicara a informação de que 12 helicópteros teriam sido enviados à Líbia em um cargueiro francês em 17 de maio.

E o maior navio de guerra britânico, o HMS Ocean, partiu em abril do porto de Plymouth carregando consigo helicópteros Apache, informa o correspondente da BBC em Paris Christian Fraser. Não foi confirmado se eles serão usados na Líbia.

O chanceler britânico, William Hague, disse ter trabalhado pela intensificação da campanha militar internacional na Líbia, mas se recusou a comentar sobre possíveis novos equipamentos militares a serem usados na ofensiva.

Segundo especialistas, helicópteros são capazes de identificar alvos mais facilmente do que aviões, ao mesmo tempo em que também são mais vulneráveis a ataques.

O possível envio, em breve, de helicópteros pode ser um sinal de que a aliança internacional que comanda a ofensiva contra as tropas de Khadafi está ficando sem opções no combate. Pode sinalizar, também, que Paris e Londres estão perdendo a paciência com o prolongado conflito, informa Fraser.

De qualquer forma, a ação marcaria uma nova escalada na ofensiva, ao facilitar a identificação e o combate a tropas de Khadafi em áreas urbanas.

Diplomacia

Ao mesmo tempo, um diplomata sênior dos Estados Unidos mantinha diálogos com os rebeldes nesta segunda-feira, na cidade de Benghazi, bastião da oposição a Khadafi.

O secretário-assistente de Estado Jeffrey Feltman se encontrou com representantes do Conselho Nacional de Transição, grupo formado pela oposição líbia e que agora controla o leste do país.

Em comunicado divulgado durante a visita, Washington reiterou que Khadafi – que mantém controle sobre a maioria da parte oeste do país e sobre a capital, Trípoli – tem de deixar o poder.

No entanto, em viagem a Washington, no último dia 13, a Casa Branca não chegou a reconhecer o Conselho de Transição como governo – o que foi feito por França, Gâmbia e Itália.

Em contrapartida, os rebeldes obtiveram uma vitória diplomática no último domingo, quando a chanceler da União Europeia, Catherine Ashton, abriu um escritório do bloco europeu em Benghazi para aumentar seu diálogo com a oposição.

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